quarta-feira, junho 28, 2006

Notícias

Ser católico de nome não é suficiente

KONIGSTEIN, 02 Jun. 06 (ACI) - Dom Manoel dos Reis de Farias, Bispo de Patos, disse estar muito contente pela grande quantidade de católicos que há em sua diocese, mas advertiu que "ser católico de nome não é suficiente", durante uma recente visita a sede da organização Ajuda à Igreja que Sofre. Para o Prelado, faz falta "promover uma consciência católica nos fiéis", que de acordo às últimas estatísticas chegam aos 90 por cento dos 400 mil habitantes de sua diocese. Do mesmo modo, ressaltou a necessidade de que os leigos tenham uma sólida formação para o qual em fevereiro deste ano estabeleceu a Escola Teológica Pe. Joaquím Assis Ferreira.

Dom Manoel manifestou que "como resultado da falta de recursos neste ano, unicamente 60 líderes leigos poderão fazer os cursos oferecidos pelo instituto" mas "para o ano 2007 e os seguintes anos, esperamos que 120 pessoas por ano possam participar deles". Também destacou a importância dos meios de comunicação católicos para combater a influência agressiva das seitas, especialmente nos jovens.

O Bispo de Patos, cuja diocese se encontra se localizada no nordeste brasileiro no estado da Paraiba, assinalou que além da formação dos leigos e dos meios de comunicação católicos "a piedade popular é o terceiro pilar da evangelização". "Atualmente estamos preparando uma grande missão popular incluindo visitas porta a porta nas 28 paróquias. Estou convencido que a visita papal ao Brasil vai contribuir para o êxito deste projeto", concluiu.

Falso terceiro secredo de Fátima e "anticristo" são fenômeno psicossocial para vender, diz teólogo peruano.

LIMA, 02 Jun. 06 (ACI) .- Diante do macivo envio de correios eletrônicos que advertem a suposta chegada do "anticristo" em 6 de junho de 2006 (06/06/06), assim como a suposta revelação de um falso terceiro secredo da Fátima que dizem que João Paulo II leu antes de morrer , o doutor em Teologia, Gustavo Sánchez, disse que "certa imprensa e certa literatura hoje em dia pretendem gerar uma espécie de fenômeno psicossocial para assustar às pessoas e obter um ambiente favorável para vender". Em entrevista concedida a ACI Prensa, com referência ao falso terceiro secredo de Fátima que perambula pela Internet e outros temas, o teólogo manifestou que o verdadeiro "já foi revelado e dado a conhecer no ano de 1998 pelo Papa João Paulo II e tanto o conteúdo como o comentário teológico, podem ser encontrados no jornal Vaticano, L’Osservatore Romano".

Ao referir-se à data 06/06/06, disse que "muitas pessoas associam o dia 6 de junho de 2006 a uma passagem do Apocalipse". "Terá que ter claro –precisou– que o livro do Apocalipse pertence a um gênero literário, que é o gênero apocalíptico, que não quer indicar com precisão ou exatidão histórica nem data nem acontecimento, mas sim através de uma série de imagens simbólicas e descrições fantásticas dá a entender que Deus está levando a história a sua realização, que está salvando à humanidade através dos êxitos que se vão dando aqui em nosso mundo".

"O 666 (da Bíblia ) –acrescentou– é uma cifra simbólica que quer indicar simplesmente o agente do poder do mal que enfrenta a Deus; no caso de João, autor do Apocalipse, trata-se certamente do imperador".

O teólogo manifestou que "o fato de pensar que através de uma cadeia" de correios eletrônicos "pode-se prevenir às pessoas, fala de ignorância e de falta de preparação, diante disto a solução é educar, explicar; porque o que liberta a pessoa é a verdade, liberta-a do medo, da angústia, da superstição". "Eu convidaria às pessoas a não acreditar nas cadeias por não terem nenhum valor, não pode acontecer nenhuma desgraça ou dano a uma pessoa que ignorar isso", esclareceu.

"Temos que lembrarr –enfatizou– o que diz Jesus em Marcos 13, 32 sobre o momento do fim do mundo: Ninguém, nem sequer o Filho do Homem sabe o dia nem a hora".

"Como católicos temos a certeza de que Deus leva a história a seu fim e que o resultado é positivo. Uma vida cristã bem levada e vivida, é a melhor alternativa para este tipo de situações", concluiu.

Onde estava Deus?


Prof Felipe Aquino - O Papa Bento XVI visitou no mês passado o campo de concentração de Auschwitz onde milhares de judeus foram mortos pelo regime nazista. Ali, o Papa fez algumas perguntas que muitos não entenderam, e a Imprensa erroneamente interpretou como se o Papa tivesse vacilado na fé:

“Onde estava Deus naqueles dias? Por que ele silenciava? Como pôde tolerar este excesso de destruição, este triunfo do mal?” Até mesmo muitos católicos ficaram assustados com as perguntas do Papa, como se ele tivesse vacilado na fé; nada disso. Na verdade o Papa fazia apenas uma reflexão, que muitos não entenderam a forma; foram perguntas “retóricas” que o pregador usa para despertar o interesse do ouvinte e motiva-lo a encontrar a resposta para os fatos; nunca por falta de fé. A partir delas, expõe suas idéias sobre o tema. Os Salmos estão repleto de perguntas dessa natureza: “Desperta, Senhor, por que dormes? Desperta e não nos rejeiteis para sempre. Por que escondes a tua face e te esqueces de nossa miséria e tribulação?” (Sl 44,24-25).

É uma forma de meditação que a imprensa leiga não entende e que interpretou mal; como também alguns cristãos. D. Murilo Krieger interpretou muito bem as palavras do Papa, disse: “O Papa lembrou que nosso grito a Deus deve ser ao mesmo tempo um grito que penetra nosso próprio coração, para que aquele poder que ele ali colocou não seja coberto e sufocado em nós pela lama do egoísmo, do medo, da indiferença e do oportunismo. Devemos gritar a Deus, sim, para que impulsione os homens a arrepender-se, para que reconheçam que a violência não cria a paz, mas suscita apenas outra violência – uma espiral de destruição, na qual todos no fim de contas só têm a perder. “Nós rezamos a Deus e gritamos aos homens... para que a razão do amor e do reconhecimento da força da reconciliação e da paz prevaleça sobre as ameaças circunstantes da irracionalidade ou de uma falsa razão, separada de Deus.”

O Papa terminou suas palavras em Auschwitz rezando o salmo 22, do Bom Pastor, para mostrar que Deus está em toda parte como Bom Pastor; que nos conduz por caminhos retos e para verdes pastagens, mesmo que tenhamos que atravessar vales tenebrosos, quando permitimos.

Portanto, não houve qualquer fraquejamento na fé do Papa, mas simplesmente uma bela maneira de fazer uma profunda reflexão, que muitos não entenderam.

sexta-feira, junho 23, 2006

Solenidade do Nascimento de João Batista

A Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista que, ao lado da Virgem Maria, são os únicos em que a liturgia lembra o seu aniversário natalício. São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou o seu nome ao pai Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho.

Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista que na beira do Rio Jordão ou Mar Morto viviam em profunda penitência e oração. Pode-se concluir issoa aprtir do texto de Mateus: "João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre".

O que tornou este santo tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor através de suas pregações que chamavam à mudança de vida e batismo de penitência (por isto Batista). Como nos ensinam as Sagradas Escirturas: "Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mt 3,11). Os Evangelhos nos revelam a inauguração da Missão Salvífica de Jesus, a partir do Batismo recebido pelas mãos do precursor João e manifestação da Trindade Santa.

São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Cristo aparecesse. Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, e acabou decapitado devido o ódio de Herodíades, mas morreu na santidade e reconhecimento do próprio Cristo: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista" (Mt 11,11).

São João Batista, rogai por nós!

quinta-feira, junho 22, 2006

Dica de Fé: "A Confissão"

A confissão é o sacramento da misericórdia de Deus, é a festa do pecador arrependido.

"Aqueles que se aproximam do sacramento da penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando e ao qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações." (Conc.Vat. II, LG 11)

Cristo confiou o exercício do poder de absolver os pecados ao ministério apostólico. A este é confiado o "ministério da reconciliação" (2Cor 5,18). O apóstolo é enviado "no nome de Cristo", e é Deus mesmo que, por meio dele, exorta e suplica. "Deixai-vos reconciliar com Deus" (2Cor 5,20)

Para uma confissão frutuosa

1 - Para confessar bem é necessária uma preparação imediata com a oração. Em seguida, faz-se um atento exame de consciência a partir da última confissão bem feita.Isto significa confrontar-se com a palavra de Deus para distinguir as próprias incoerências, defeitos e fraquezas em pensamentos, palavras, atos e omissões frente às exigências do Evangelho.
2 - Sentir dor e aversão dos pecados cometidos com o propósito de não mais incorrer nos mesmos erros.
3 - Confessar ao sacerdote, "embaixador de Deus", todos os pecados graves ou mortais segundo a espécie e o número; é muito útil confessar-se com frequência, mesmo os pecados vêniais, porque se recebe um dom da graça que dá força no caminho de imitação de Cristo.
4 - Fazer todo possível para reparar o mal. A absolvição apaga o pecado, mas não corrige todas as desordens que ele causou. Por isso perdoado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a plena saúde espiritual. O exercício penitencial que o confessor sugere não é dado só para expiação dos pecados cometidos e para reparar eventuais danos causados, mas também como ajuda para iniciar uma vida nova e favorecer a plena reparação da enfermidade do pecado.
Esta reparação é a expressão de uma revisão autêntica da vida, na qual o penitente procura suportar e reparar os efeitos maléficos de suas ações ou omissões, no seguimento de Cristo e em solidariedade com seus irmãos, sobretudo com aqueles diretamente atingidos pelos seus pecados.
Ela pode consistir em orações, mortificações, e em obras de misericórdia.

Como confessar-se

Depois que alguém se preparou para a confissão com a oração e o exame de consciência, aguarda pacientemente sua vez invocando para si e para o próximo a luz do Espírito Santo e graça de uma conversão radical.
Aproximando-se do sacerdote, faz o sinal-de-cruz. O penitente pode escolher confessar-se com ou sem confissionário, ficar de joelhos ou sentado (onde houver possibilidade).
Então pode iniciar a confissão dizendo: "Abençoa-me Padre, eu pequei". Em seguida diz com a maior precisão possível o tempo transcorrido desde a última confissão, seu estado de vida (celibatário, casado, viúvo, estudante, consagrado, noivo ou namorado...) e se cumpriu a penitência recebida da última confissão.
Pode ainda levar ao conhecimento do confessor os acontecimentos nos quais se sentiu particularmente perto de Deus, os progressos feitos na vida espiritual...
Segue-se a confissão dos pecados, com simplicidade e humildade, expondo os fatos que são transgressões da lei de Deus e que mais intensamente pesam na consciência. São confessados primeiro os pecados graves ou mortais, segundo sua espécie e número sem perder-se em detalhes e sem diminuir a própria responsábilidade. Para se obter um aumento da graça e força no caminho de imitação de Cristo, confessam-se também os pecados vêniais.
Agora dispõe-se a acolher os conselhos e advertências do confessor aceitando a penitência proposta.
O penitente reza o ato de contrição e o sacerdote pronuncia a fórmula da absolvição.
O penitente despede-se do sacerdote respondendo à sua saudação: "Demos graças a Deus" e então permanece um pouco na Igreja agradecendo ao Senhor.

Ato de contrição
Meu Jesus, crucificado por minha culpa, estou arrependido(a) de ter pecado pois ofendi a vós que sois tão bom e merecí ser castigado(a) neste mundo e no outro. Perdoai-me, Senhor! Não quero mais pecar!

quinta-feira, junho 15, 2006

A festa de Corpus Christ

Sua origem está ligada a um milagre acontecido na Idade Média. O sacerdote Pedro de Praga fazia peregrinação indo à Roma. Nessa viagem, parou para pernoitar na vila Bolsena, não longe de Roma e se hospedou na Igreja de Santa Catarina. Na manhã seguinte, foi celebrar uma missa e pediu ao Senhor que tirasse as dúvidas que ele tinha em acreditar que Jesus estava presente na Eucaristia. Era difícil para ele acreditar que no pão e no vinho, estava o corpo de cristo. Na hora em que ergueu a hóstia, esta começou a sangrar (sangue vivo). Ele assustado, embrulhou a hóstia e voltou à sacristia e avisou o que estava acontecendo. O sangue escorria, sujando todo o chão no qual apareciam vários pingos. Isso foi informado ao Papa Urbano IV, que estava em Orvieto, que mandou um bispo a essa vila verificar a veracidade de tal fato. O bispo viu que a hóstia sangrava e o chão, o altar e o corporal (toalha branca do altar) estavam todos manchados de sangue. O bispo pegou as provas do milagre e voltou para mostrar ao Papa. O Papa, entretanto, sentia algo estranho e resolveu ir ao encontro do bispo. As carruagens se encontraram na Ponta do Sol e o Papa desceu de sua carruagem e ao ver todas as provas do milagre, ajoelhou-se no chão e se dobrou sobre aquela hóstia sangrando e exclamou: “Corpus Christ (Corpo de Cristo)!"

Até hoje, ainda existem essas provas do acontecido. Ai começou a ser celebrado o dia de Corpus Christi e todos passaram a acreditar que Jesus está presente na hóstia consagrada. Fizeram então, pela 1ª vez a procissão com o Cristo passando pela cidade e até hoje esse ritual acontece. Para acreditar tudo depende da nossa fé. Isso é um MISTÉRIO DA FÉ. Corpus Christi é Jesus presente na hóstia consagrada em corpo, sangue, alma e divindade. Ninguém vê Jesus na hóstia, mas acreditamos pela nossa fé

Em 1264, o papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

segunda-feira, junho 12, 2006

Esclarecimentos sobre o "Código da Vinci"

A difusão do livro “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, e do filme baseado sobre a obra, tem suscitado em muitas pessoas perplexidades, dúvidas e confusão a respeito de algumas verdades fundamentais da fé cristã referentes a Jesus Cristo e à Igreja.

A CNBB, consciente de sua responsabilidade em relação à defesa da verdadeira fé da Igreja, vem a público para prestar alguns esclarecimentos.

Não devemos esquecer que a obra em questão é de ficção e não retrata a história de Jesus, nem da Igreja. Não se pode atribuir verdade às afirmações claras ou veladas do autor. O que é fantasia deve ser lido e entendido como fantasia. As únicas fontes dignas de fé sobre a vida de Jesus e o início da Igreja são os textos do Novo Testamento, da Bíblia. A história da Igreja, depois dos apóstolos, está retratada em obras de caráter histórico, cujas afirmações são respaldadas pelo rigor do método histórico.

Alertamos, portanto, que a obra, no seu gênero fantasioso, apresenta uma imagem profundamente distorcida de Jesus Cristo, que está em contraste com as pesquisas e afirmações de estudiosos de diversas áreas das ciências humanas, da teologia e dos estudos bíblicos, ao longo de dois mil anos de história do cristianismo.

É lamentável que a obra, com roupagem pseudo-científica, se ponha a versar de maneira leviana e desrespeitosa sobre convicções tão sagradas para os cristãos. Muitos cristãos sentem-se feridos em sua fé e nas convicções que lhes são profundamente caras. Outras pessoas são induzidas à dúvida sobre verdades da fé pregadas pela Igreja, desde sua origem, e transmitidas de geração em geração, com zelosa fidelidade à doutrina dos apóstolos. Ainda outras são levadas, inclusive, a levantar suspeitas sobre a honestidade da Igreja nas afirmações de fé sobre Jesus Cristo, seu divino fundador.

Diante disso, afirmamos, com toda convicção, que a Igreja, de forma alguma, ocultou no passado, nem oculta no presente, a verdade sobre Jesus Cristo e sobre a origem dela própria. A Igreja não pode deixar de afirmar o sagrado patrimônio das verdades a respeito de Jesus Cristo e sobre si mesma, que ela recebeu dos apóstolos.

Convidamos todos a lerem os Evangelhos e demais textos do Novo Testamento da Bíblia, para encontrarem aí a imagem de Jesus Cristo, assim como é anunciada pela pregação da Igreja desde as suas origens. Por outro lado a leitura de algum bom livro de história da Igreja – e existem muitos! - poderá ajudar a conhecer a verdade histórica sobre a Igreja, que não é oculta nem subtraída ao conhecimento de quem quer que seja.
Cardeal Geraldo Majella Agnelo
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Presidente da CNBB

domingo, junho 11, 2006

Dia dos Namorados

Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.
O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu, então, saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação na qual prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim, você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."

O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração, que, sozinhos, jamais poderíamos enxergar.
O poeta soube traduzir bem quando disse: " Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"

Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos, socorreu-me em minha cegueira. Eu os possuía e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.

Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos.
Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez com que ela também as visse e chamou-lhe a atenção para a necessidade de cultivá-las.

Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios. Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e, por isso, cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...

Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo. Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras...

Se não há flores, talvez seja porque, até então, ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.

A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas... Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá de saber que com ela vão inúmeros espinhos.

Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... ou não.

Padre Fábio de Melo, SCJ

terça-feira, junho 06, 2006

Próxima Missão (Junho)

10 de Junho - Mulungu/PB e 17 de Junho - Duas Estradas/PB

Amigos

Não se pode viver sem amigos, é uma necessidade encontrar na vida a “alma gêmea” que sabe te entender e compreender, que tem liberdade de te dizer o que se passa e te apontar os teus erros. Amigos e amigas fazem parte do nosso mundo e nos realizam em nossos desejos humanos e espirituais. Sem amigos e amigas somos incompletos, nos sentimos frustrados e sem sentido. Vale a pena, de vez em quando, parar e nos perguntar: “Quem são os nossos amigos e desde quando são nossos amigos?”. Não se chama amigo quem encontramos duas horas atrás... a amizade deve ser amadurecida, purificada, filtrada para chegar a ser adulta. Quando formos capazes, como Jesus, de dizer aos nossos amigos: “Vos chamo amigos, porque vos revelei tudo o que ouvi de meu Pai”, aí poderemos crer que somos amigos de verdade e não simples conhecidos e camaradas. A amizade é ver o nosso rosto resplandecer nos olhos do amigo e vice-versa.

Tu és meu amigo porque tu és eu e eu sou tu.

Frei Patrício Sciadini, OCD

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